Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde trouxe dados alarmantes sobre os mecanismos neurológicos do vício em jogos de azar. Segundo especialistas, a dependência de apostas ativa o sistema de recompensa cerebral de forma similar ao álcool, cocaína e outras drogas psicoativas.
Estudos de neuroimagem realizados em universidades americanas e europeias comprovam que jogadores compulsivos apresentam alterações no córtex pré-frontal - região responsável pelo controle de impulsos - idênticas às observadas em dependentes químicos. A liberação de dopamina durante apostas cria ciclos viciosos que exigem intervenção profissional.
Dados epidemiológicos mostram que aproximadamente 2-3% da população desenvolve transtorno do jogo, com taxas de recaída equivalentes ao alcoolismo. O tratamento multidisciplinar inclui terapia cognitivo-comportamental e em casos graves, medicação específica.
Especialistas alertam que a banalização das apostas online durante a pandemia agravou o cenário, com aumento de 35% nos pedidos de ajuda. A identificação precoce dos sinais - como mentiras sobre perdas financeiras e isolamento social - é crucial para intervenção eficaz.